Médicos, enfermeiros e técnicos devem permanecer na região do Araguaia durante 15 dias
A Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) começa, na próxima segunda-feira (27.07), ações de combate ao covid-19 nas aldeias indígenas na região do Araguaia. Uma equipe de médicos deve começar o trabalho pelo município de Campinápolis, onde uma equipe de médicos deve permanecer até o dia 03 de agosto. O objetivo é atender a cerca de 9 mil indígenas em sete aldeias localização nessa região. Para isso, serão montados consultórios em escolas e em barracas com médicos, enfermeiros e técnicos em enfermagem.
O anúncio foi feito pelo secretário Robson Santos da Silva, que ouviu apelos feitos por membros da bancada federal sobre o alto índice de contaminação dos indígenas na região, como é o caso do senador Wellington Fagundes (PL), e os deputados federais Rosa Neide (PT) e Neri Geller (PP). O prefeito de Barra do Garças, Roberto Farias, já havia relatado, há 40 dias, o colapso do sistema de saúde pela alta ocupação dos leitos por indígenas contaminados pelo coronavírus.
“Levei esse assunto ao Ministério da Saúde, Funai, Sesai, Casa Civil e Ministério da Mulher, da Família e da Cidadania”, lembra o senador, que comemora as primeiras ações concretas por parte do governo federal. Nesta semana, o parlamentar conseguiu aprovar a realização de uma audiência pública do Senado para tratar da questão. “Quero lembrar que o coronavírus não está apenas entre os Xavantes, onde a situação é mais grave, mas há vários outros povos contaminados em diferentes regiões do Estado”, diz.
Depois de Campinápolis, a equipe vai levar atendimento – de 03 a 08 de agosto, aos indígenas da reserva Marawaitséde, e de 10 a 16 de agosto, na região de Sangradouro, Meruri e Maribó.
Da assessoria
(Adriano Machado/Reuters)