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Para senador, não cabe ao STF decidir se o Brasil deve ou não sediar a Copa América

O senador Wellington Fagundes (PL-MT), relator da Comissão Temporária da Covid-19, disse nesta quinta-feira, 10, que ficou surpreso com a convocação de sessão extraordinária pelo Supremo Tribunal Federal para deliberar sobre três ações que propõem barrar a realização da Copa América de Futebol no Brasil. A competição começará no dia 13. Para ele, essa decisão é de caráter exclusivo do Poder Executivo.

“Não cabe ao STF reavaliar cada uma das decisões políticas e discricionárias, sejam elas do Poder Executivo, sejam elas do Poder Legislativo” – ele ponderou. O julgamento começou nesta quinta-feira e acontece no plenário virtual. Os ministros terão até as 23h59 desta quinta-feira para apresentar seus votos no sistema eletrônico da Corte.

Segundo o senador, que lidera o Bloco Parlamentar Vanguarda no Senado, “postular em juízo, em verdade, é um direito inalienável da democracia”. No entanto, ele ressalta que a Constituição Federal impõe também, como cláusula pétrea, que em um estado de direito, existe a separação de Poderes, que devem trabalhar em harmonia.

A realização da Copa América, na avaliação de Fagundes, “é uma questão discricionária do Poder Executivo” e ele acredita que o Governo, antes de formular sua resposta, “certamente, fez avaliações do ponto de vista da conveniência e das implicações que se relacionam, inclusive e principalmente, com a questão sanitária”.

Ele disse ainda esperar que o Governo, a CBF e a própria organizadora do evento, a CONMEBOL, possam “cumprir rigorosamente com os protocolos exigidos para este momento da vida nacional”, tais como testagem permanente de delegações e realização de jogos sem a presença de público, entre outras medidas, respeitadas as condições locais que sediarão as partidas.

Ao finalizar sua manifestação, o senador do PL de Mato Grosso disse defender o fortalecimento das instituições, salientando que é na separação dos poderes e no respeito institucional de cada uma que “será possível fazer a democracia mais forte” e dessa forma “assegurar a liberdade de todos”.