O senador Wellington Fagundes (PL-MT) defendeu hoje (12.05), mais atenção ao segmento do turismo, que está entre os mais afetados pela pandemia do coronavírus. Em pronunciamento no Senado, o parlamentar lembrou que uma das primeiras medidas adotadas em países do mundo inteiro foi restringir o deslocamento das pessoas, incluindo o cancelamento de voos e o fechamento de fronteiras.
Segundo ele, o problema afeta toda a cadeia do turismo, desde hotéis, agências, restaurantes, profissionais do setor e empresas aéreas. “Para se ter uma ideia, o Brasil registrava cerca de 2.800 voos diários e, hoje, 90% foram cancelados ficando apenas 170 voos para as 27 capitais e cidades mais importantes.
O parlamentar lembra que o turismo está entre as atividades que mais geram empregos e representa 3,71% do PIB brasileiro. “As perdas, segundo estudo feito pela Fundação Getúlio Vargas, podem chegar a quase R$ 117 bilhões nos anos de 2020 e 2021. E a recuperação vai ser lenta”.
Em Mato Grosso, o setor também registra a paralisação das atividades, com agências, pousadas, hotéis e empresas correndo o risco de colapso econômico.
Para Wellington Fagundes, é preciso medidas urgente para que o impacto não seja ainda maior, como é o caso de abertura de linhas de crédito para o setor, anunciada na semana passada pelo Ministério do Turismo e que devem chegar a R$ 5 bilhões. Mas ele defende, também, a revisão de contratos de concessão de aeroportos e parques e a promoção do turismo interno, que exige descolamentos menores e oferece mais segurança por estar dentro do país. “É preciso considerar, ainda, que o preço do dólar é mais um estímulo para o turismo interno” diz.
Ainda sobre o turismo interno, Wellington Fagundes lembra que a Embratur tem papel fundamental, ao reforçar as ações de marketing, incentivar a promoção de vendas e fazer uma campanha para que o turista não cancele a sua viagem – apenas adie para quando a pandemia passar. Boa parte disso já está sendo feito. “E isso deve seguir especialmente agora, que o Senado aprovou a transformação da Embratur em agência autônoma – uma reivindicação de todo o trade turístico.
Ele também cita a Medida Provisória 948, que estabelece que as empresas de turismo, entre outras categorias, não precisam reembolsar imediatamente clientes que tiveram reservas canceladas. A MP 948 estabelece que as companhias podem não pagar imediatamente os clientes desde que ofereçam novas datas de reserva ou outros eventos como opção para o dinheiro já gasto. Caso não haja consenso entre cliente e prestador de serviço, a devolução do dinheiro é obrigatória.
“O turismo gera milhões de empregos e precisa de toda atenção neste momento, assim como outros setores da economia”, defende.
Da assessoria