Os senadores Wellington Fagundes (PL) e Carlos Fávaro (PSD) se reunirão na próxima segunda-feira (30), em Sinop, para ação conjunta visando a criação da Universidade Federal do Norte de Mato Grosso. O evento, na Câmara Municipal, às 9 horas, terá participação do reitor da Universidade Federal de Mato Grosso, professor Evandro Soares da Silva, lideranças políticas estaduais, gestores municipais, vereadores, bem como representantes do setor agropecuário, da sociedade civil e do meio acadêmico.
Fagundes é autor do Projeto de Lei 5156/2020, que já foi aprovado e autoriza o Executivo a desmembrar o Campus Universitário de Sinop da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), criando a Universidade Federal da Região Norte de Mato Grosso. O projeto trata ainda da estrutura organizacional, administração superior, patrimônio, recursos financeiros e quadro docente. Fávaro apresentou o PL 4812/2020.
“É fundamental que haja essa mobilização. O que pretendemos, ao desmembrar o Campus de Sinop da UFMT para criar a Universidade Federal do Norte de Mato Grosso, é garantir maior autonomia de decisões a essa unidade de Ensino Superior, que possui características próprias em relação aos demais campi da UFMT” – explicou Fagundes, ao lembrar que trata-se de uma antiga reivindicação da comunidade acadêmica local e da população dos municípios atendidos pela unidade.
Designado relator setorial do Orçamento do Ministério da Educação para 2022, Wellington ressaltou que o projeto se constitui em uma estratégia para assegurar a continuidade do dinamismo da região Norte de Mato Grosso. Segundo ele, trata-se de importante medida para ajudar a alavancar o desenvolvimento do Estado, intensificando ações que venham contribuir com as características socioeconômicas da região norte.
Uma vez aprovada a autorização e sancionada pelo Governo, Mato Grosso passaria a ter três universidades federais. Além da UFMT, foi criada e implantada pelo Governo a Universidade Federal de Rondonópolis, no Sudeste do Estado, beneficiando diretamente mais 18 municípios. A criação da UFNMT polariza economicamente cerca de 23 municípios da região Norte do Estado.
“Já temos a experiência com a criação de uma universidade federal, que foi a de Rondonópolis. Com a ajuda importante do senador Carlos Fávaro, certamente vamos avançar rapidamente nessa nova proposta”
– frisou Fagundes.
Carlos Fávaro destacou que a criação da UFNMT pode contribuir significativamente, também, para que se incrementem os índices de matrícula no ensino superior, de tal forma que se atinja pelo menos 50% da população com idade entre 18 e 24 anos, nos termos da Meta 12 do Plano Nacional de Educação (PNE), instituído pela Lei nº 13.005, de 25 de junho de 2014. Segundo dados do Observatório do PNE, essa taxa é de 44,4% atualmente.
“Em Mato Grosso, contamos por muito tempo com apenas uma universidade. Evidentemente, a UFMT e seus campi avançados fizeram a diferença no Estado, mas precisamos encurtar esse caminho em favor da população do interior e valorizar a força da universidade pública” – frisou o parlamentar do PSD.
Novíssimas Universidades
Nesta quinta-feira, 26, Wellington Fagundes se reuniu com os reitores das chamadas ‘novíssimas universidades federais’ para tratar do Orçamento para o ano que vem. Segundo o senador, apesar das restrições fiscais, é fundamental debater propostas que possam agregar uma gestão eficiente dos recursos públicos. Em seguida, o grupo esteve na Secretaria de Educação Superior do MEC, pleiteando ao secretário Wagner Vilas Boas a completa composição dos cargos e funções administrativas, bem como as possibilidades de investimentos.
As ‘novíssimas universidades federais’ estão instaladas em Rondonópolis, em Mato Grosso, Catão e Jataí, em Goiás; Delta do Parnaíba, no Piauí; Agreste Pernambucano, em Pernambuco; e Norte do Tocantins, em Tocantins.