O senador Wellington Fagundes (PL-MT), líder do bloco de oposição Vanguarda, anunciou nesta terça-feira (09.05) os nomes dos parlamentares que farão parte da CPMI do 8 de janeiro. Ele defendeu que o colegiado apresente respostas à sociedade, apontando as ações e omissões que motivaram os atos e manifestou preocupação com a situação do ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, preso há mais de 100 dias sem nenhuma acusação formal.
>> Veja o ofício das indicações dos membros da CPMI.
Integrarão a CPMI como titulares os senadores Eduardo Girão (Novo-CE) e Magno Malta (PL-ES). Já como suplentes, foram definidos os nomes dos senadores Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e Jorge Seif (PL-SC). “Todos eles são muito experientes e com certeza estarão frente à CPMI, pois é necessário esclarecer à população brasileira sobre o que ocorreu naquele dia. Eles vão buscar fazer com que quem errou, que pague, mas, acima de tudo, quem teve a responsabilidade em permitir que os prédios públicos fossem depredados”, ressaltou Fagundes.
Investigações
Wellington salientou que quando ocorreram os atos o atual governo já estava instalado, fato que demonstra ter havido uma omissão em algum grau. “Tudo isso precisa ser esclarecido, é o que esperamos e a população brasileira tem cobrado muito isso. Por parte do nosso bloco já estão definidos os nomes e vamos agora cobrar a investigação o mais rápido possível”.
Para o senador, a situação de Torres, secretário de Segurança Pública do Distrito Federal no dia 8 de janeiro, não se justifica, uma vez que a detenção por mais de 100 dias ocorre sem que haja uma acusação formal por parte das autoridades. “Uma prisão preventiva durar tanto tempo é algo que realmente nos deixa extremamente preocupados porque abre precedentes para que o Judiciário possa exceder na sua ação”.
Por conta disso, pontuou o senador, a expectativa é que com o início dos trabalhos da CPMI seja possível esclarecer os fatos o mais rapidamente possível. “Estamos pressionando para que o ex-ministro e todos aqueles que estão presos tenham a sua liberdade até a conclusão da investigação, do julgamento. A CPMI terá um papel preponderante nessas investigações”.