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Wellington Fagundes defende criação de CPI do INSS

Diante das recentes denúncias de fraudes bilionárias no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), o senador Wellington Fagundes (PL-MT) manifestou apoio à criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o caso, que já levou à exoneração do presidente do órgão, Alessandro Stefanutto, e abalou politicamente o governo federal.

A Polícia Federal apura um esquema de descontos irregulares em aposentadorias e pensões, realizados por sindicatos e associações sem consentimento dos beneficiários. A estimativa é de que as fraudes ultrapassem R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024. A gravidade dos fatos levou o Palácio do Planalto a demitir Stefanutto, ligado ao PSB e nomeado pelo ministro da Previdência, Carlos Lupi (PDT). A crise também respingou no irmão do presidente Lula, Frei Chico, vice-presidente de um dos sindicatos investigados, embora ele não seja alvo direto das investigações.

Para Fagundes, o caso precisa ser tratado com total transparência e seriedade.

“Estamos falando de bilhões desviados de aposentados e pensionistas. Isso é revoltante. É um tema sensível, que mexe com a vida de milhões de brasileiros. O Congresso tem a obrigação de agir com firmeza e investigar. Por isso, sou a favor da instalação imediata da CPI do INSS”, declarou o parlamentar.

Fagundes ainda destacou a necessidade de isenção na condução das apurações. “Não importa quem seja o responsável. Se houve erro, tem que ser punido. Essa CPI não pode ser usada para proteger aliados ou fazer politicagem. Ela tem que ser um instrumento para devolver a confiança do povo no sistema previdenciário”, ressaltou.

O escândalo ocorre em meio à queda na popularidade do presidente Lula, à alta da inflação e à crescente insatisfação com a economia.

“Não podemos aceitar que um sistema tão importante como o INSS vire balcão de negócios. Quem desviou, quem se omitiu e quem se beneficiou desse esquema tem que ser responsabilizado”, concluiu o senador.

A expectativa é que a coleta de assinaturas para a instalação da CPI avance nos próximos dias, pressionando ainda mais o governo e ampliando a tensão entre o Planalto e o Congresso Nacional.

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