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Wellington Fagundes recusa evento do governo federal em alusão ao 8 de janeiro

Fagundes e mais 29 senadores não apoiam evento simbólico que vai marcar um ano dos atos em Brasília na próxima segunda

O senador Wellington Fagundes (PL-MT), se manifestou por meio de um comunicado à imprensa junto a 29 senadores que repudiam um evento alusivo marcado para a próxima segunda feira dos atos do dia 8 de janeiro do ano passado. O evento organizado pelo governo federal contará com a participação de representantes dos Três Poderes, porém o convite não mobilizou os signatários que repudiaram o ato. Na carta emitida, os parlamentares enfatizam que não é preciso uma ação simbólica como essa, mas sim medidas efetivas para assegurar a democracia.

Mesmo condenando vigorosamente os atos de janeiro passado em Brasília, o grupo de senadores apontou no comunicado várias falhas por parte do governo federal que não conteve os atos com eficiência naquele dia 8 e questionam a eficácia das medidas tomadas.

O Senador Wellington Fagundes informou que defende a democracia e que a responsabilidade de defendê-la deve ser de todas as instituições.

“Ninguém pode tirar este valor que foi tão difícil conquistarmos na nossa história. A democracia nos garante respeito mútuo entre os três poderes e cada um tem seu compromisso em manter a base para que não afundemos aquilo que temos de precioso no país”, afirma Fagundes.

Fagundes diz que espera mais compromisso com a democracia brasileira e que é contra o abuso de poder. O senador ressalta que algumas instituições atuaram de forma parcial, o que não é permitido num país democrático. “Sigo convicto com os 29 parlamentares de que a lei não pode ser aplicada de forma seletiva, pois observamos que dois cidadãos que depredaram a Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, foram libertados no dia seguinte e vão responder em liberdade, enquanto cidadãos que participaram dos atos em Brasília, responderam ao processo presos (inclusive um réu faleceu após 9 meses de prisão com parecer do MPF favorável a liberdade provisória) e vêm sendo condenados a penas abusivas que variam entre 13 e 17 anos de reclusão. Por este e outros motivos, não participarei do ato na próxima semana”, ressaltou o senador.

Assinam a presente manifestação pública os seguintes senadores:

1) Rogério Marinho (PL) – Líder da Oposição no Senado

2) Ciro Nogueira (PP) – Líder da Minoria no Senado

3) Flávio Bolsonaro (PL) – Líder da Minoria no Congresso

4) Carlos Portinho (PL) – Líder do PL no Senado

5) Tereza Cristina (PP) – Líder do PP no Senado

6) Mecias de Jesus (Republicanos) – Líder do Republicanos no Senado

7) Izalci Lucas (PSDB) – Líder do PSDB no Senado

8) Eduardo Girão (Novo) – Líder do Novo no Senado

9) Alan Rick (União)

10) Cleitinho (Republicanos)

11) Damares Alves (Republicanos)

12) Dr. Hiran (PP)

13) Eduardo Gomes (PL)

14) Esperidião Amin (PP)

15) Hamilton Mourão (Republicanos)

16) Jaime Bagattoli (PL)

17) Jayme Campos (União)

18) Jorge Seif (PL)

19) Luiz Carlos Heinze (PP)

20) Magno Malta (PL)

21) Márcio Bittar (União)

22) Marcos do Val (Podemos)

23) Marcos Pontes (PL)

24) Marcos Rogério (PL)

25) Nelsinho Trad (PSD)

26) Plínio Valério (PSDB)

27) Sérgio Moro (União)

28) Styvenson Valentim (Podemos)

29) Wellington Fagundes (PL)

30) Zequinha Marinho (Podemos)

 

Foto: Agência Brasil