O senador também defendeu redução de custos e ampliação do acesso à energia no Brasil
O senador Wellington Fagundes (PL-MT) participou nesta quinta-feira (28), em São Paulo, da Feira Internacional de Energia Solar — a maior da América Latina e parte da The smarter E South America, aliança que reúne os principais eventos do setor energético no continente.
Com mais de 58 mil visitantes e cerca de 700 expositores de diferentes países, a feira se consolidou como um espaço estratégico para inovação em energia limpa, armazenamento e mobilidade elétrica. Fagundes destacou que o Brasil precisa aproveitar esse potencial para avançar no cenário internacional.
“Estou aqui acompanhando de perto tecnologias que podem transformar a matriz energética e fortalecer a infraestrutura do Brasil. Nosso grande desafio é atrair essa indústria para o país e criar condições de competitividade, *especialmente para Mato Grosso — quem sabe lá em Cáceres, na nossa ZPE”,* afirmou o parlamentar.
O senador relembrou ainda sua missão recente à China, onde visitou a GoodWe, uma das maiores fabricantes globais de inversores solares e soluções de armazenamento. “Lá, vi de perto o avanço tecnológico que queremos trazer para o nosso estado. Mas é preciso enfrentar a questão fiscal e criar ambiente favorável para que a indústria se instale aqui, gerando empregos e fortalecendo nossa cadeia produtiva”, destacou.
Durante o evento, o parlamentar conversou com organizadores e expositores, defendendo maior integração entre debates técnicos e pautas legislativas. Ele sugeriu que futuras edições da feira incluam um espaço de imersão voltado a parlamentares. “Nós votamos a legislação, mas muitas vezes não temos a vivência da realidade do setor. É fundamental criar momentos de imersão para que possamos legislar com mais conhecimento e responsabilidade”, informou.
Em diálogo com Florian Wessendorf, diretor da Solar Promotion International, organizadora da feira, Fagundes ressaltou também a urgência de ampliar o armazenamento de energia, lembrando os desafios enfrentados por Mato Grosso.
“Exportamos energia para o país, mas ainda temos comunidades rurais sem acesso confiável e acessível. É preciso reduzir custos e investir em infraestrutura para levar energia a todos”, disse.
Segundo o senador, o Brasil já desponta como potência em energia solar, mas ainda precisa superar entraves como a alta carga tributária e a falta de incentivos para instalação de fábricas nacionais. “A cada ano vemos avanços nas baterias e no armazenamento, fundamentais para garantir segurança energética. Essa feira é uma vitrine do futuro, e o Brasil precisa ocupar seu espaço nesse cenário global”, concluiu.
