O Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT) lançou, no sábado passado (04.02), o programa de extensão “Teresa de Benguela”, que vai qualificar inicialmente 1.520 mulheres em situação de vulnerabilidade em quatro municípios de Mato Grosso.
O projeto foi lançado em Vila Bela da Santíssima Trindade e conta com recursos viabilizados pelo senador Wellington Fagundes (PL-MT). Além do IFMT, o projeto conta com a parceria do Ministério das Mulheres e a prefeitura local.
O público-alvo é formado por mulheres chefes de família, indígenas, quilombolas, migrantes, provenientes da agricultura familiar etc. Ao total, serão ofertados 14 cursos de qualificação profissional no modelo presencial e outros dois, à distância. Neste último caso, poderão participar alunos de todo o país.
O projeto também vai capacitar 480 profissionais para incentivar a criação de redes de parceiros para apoio à inserção da mulher no mundo do trabalho, facilitando o desenvolvimento do potencial empreendedor.
“Vila Bela foi especialmente escolhida para o lançamento desse projeto”, diz o senador, ao citar o papel de Teresa de Benguela como líder quilombola. “Ela foi uma liderança e queremos que essas mulheres participantes dos cursos também sejam líderes, ganhando o mercado de trabalho e melhorando a renda familiar”, disse.
O reitor do IFMT, Júlio César, diz que os recursos viabilizados pelo senador permitiram a ampliação considerável do número de vagas. “Ele levou o projeto até o Ministério das Mulheres e viabilizou os recursos. Isso foi fundamental”, disse.
Luzia Nascimento, vice-presidente do Conselho Estadual da Igualdade Racial, cita que a maioria do público participante dos cursos é de mulheres negras, que ganham uma nova oportunidade de se qualificarem e melhorar a renda.
O prefeito, André Bringsken, considera a qualificação como um dos caminhos para melhorar a vida de pessoas em vulnerabilidade social. “Isso vai ajudar a muitas mulheres de Vila Bela”, disse.
O projeto “Teresa de Benguela” faz parte de um programa maior, idealizado e implantado pelo IFMT em 2017 e que possibilitou, apenas naquele ano, o atendimento a 329 mulheres em 12 projetos relacionados. Ao longo desse período 1370 mulheres foram qualificadas por meio de 47 projetos e três ações.