Presidente da Subcomissão do Pantanal, o senador Wellington Fagundes cobrou informações dos ministérios do Planejamento e do Meio Ambiente sobre as ações concretas de prevenção e combate aos incêndios no bioma. As ministras Simone Tebet (do Planejamento) e Marina Silva (do Meio Ambiente) sobrevoaram a região de Corumbá (MS), na semana passada, para verificar inloco a situação dos incêndios, que já consumiram cerca de 600 mil hectares neste ano.
Para o senador, apesar das anunciadas ações do governo federal, é preciso informar com precisão quantos brigadistas foram contratados e onde estão baseados, quantos aviões e helicópteros estão disponíveis e onde estão baseados, bem como a liberação de recursos para apoio aos governos estaduais e municípios que estão afetados pelos incêndios. “Tudo isso para que a população possa acionar essas estruturas quando registrar algum princípio de incêndio”, diz.
“O alerta quanto à situação climática de extrema seca vem sendo feito desde o ano passado por órgãos do próprio governo federal. Portanto, não há como dizer que não se sabia do que estava por acontecer”, avalia.
O parlamentar disse ter a impressão de que o governo federal só começou a se mobilizar – e ainda em ritmo lento – depois que os incêndios já estavam se alastrando.
“O que podemos dizer é que os incêndios não podem esperar por horas, dias ou semanas para serem debelados. As chamas se alastram rapidamente, consumindo fauna, flora e afetando diretamente as populações que vivem no pantanal, comprometendo até mesmo a atividade econômica e sua sobrevivência”, diz.
Em Mato Grosso, o governo do Estado está mobilizando efetivo de militares do Corpo de Bombeiros para evitar que uma nova tragédia ambiental, à exemplo do que aconteceu em 2020, quando 4 milhões de hectares foram consumidos pelas chamas. “Até o momento, a situação não é tão grave em Mato Grosso, quanto em Mato Grosso do Sul, mas não podemos contar que essa realidade permaneça assim durante todo o período de seca”, avalia o parlamentar.