Presidente da Subcomissão do Pantanal, o senador Wellington Fagundes criticou a demora do governo federal em adotar medidas emergenciais para o combate aos incêndios em todo o Brasil. As medidas foram anunciadas nesta terça-feira (17.09) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e prevê a liberação de R$ 514 milhões em créditos extraordinários. “Chegamos a quase 20 milhões de hectares consumidos pelas chamas no Brasil e só agora o governo resolve tomar essa medida?”, questiona o parlamentar.
Ele lembra que a seca extrema já havia sido anunciada desde o ano passado pelos pesquisadores do clima, inclusive por órgãos do próprio governo federal, como o Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais), do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação o que seria suficiente, segundo Wellington Fagundes, para que o governo federal tomasse as medidas preventivas em relação ao que estava por vir.
Para o parlamentar, o governo federal teve tempo suficiente para se preparar e definir um plano envolvendo os estados e municípios.
“É preciso lembrar que precisou um ministro do Supremo Tribunal Federal, Flávio Dino, decidir sobre a questão para que algo fosse feito”, diz o senador.
Ele cita o caso do pantanal de Mato Grosso, cujas ações de prevenção e combate aos incêndios começaram a ser definidas em novembro do ano passado envolvendo vários órgãos do Estado. “Isso deu resultados. Se não fosse essa união e planejamento antecipado, a situação hoje no pantanal de Mato Grosso poderia estar muito pior”.
Ele também reforçou a necessidade de uma investigação eficiente para identificar os autores dos incêndios hoje registrados no Brasil e a aplicação de penalidades mais duras.