Proposta do senador mato-grossense prevê que sejam adicionados 400 milhões de doses de vacina ao cronograma de vacinação
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, admitiu neste sábado, 02, a possibilidade de adaptar fábricas brasileiras de vacinas para animais para que passem a produzir vacinas para a prevenção da Covid-19 em humanos. Isso permitiria um milhão de vacinas fabricadas por dia.
A proposta, encabeçada pelo senador Wellington Fagundes, do PL de Mato Grosso, relator da Comissão Especial do Senado, foi o principal tema de conversa do ministro com o diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanom.
A possibilidade de Brasil tornar-se autônomo na produção local de vacinas, inclusive sem a necessidade de IFA (ingrediente farmacêutico ativo) importados já havia sido também alvo de manifestação de Thedros Adhanom No dia anterior, em reunião remota com a senadora Katia Abreu e deputado Aécio Neves, que presidem as comissões legislativas de relações externas. Ele recomendou que a produção própria seria a melhor via para o Brasil poder vacinar toda a sua população.
“Estamos numa verdade guerra humanitária. A cada dia que se passa são milhares de vidas que poderiam estar sendo poupadas se esses laboratórios obtivessem autorização para produzir a vacina, a partir da transferência de tecnologia previsto nos contratos de aquisição dos insumos” – explicou o senador mato-grossense.
As plantas industriais em condições de fabricar vacina para a Covid-19 no Brasil são vinculadas ao Sindicato das Indústrias de Produtos para Saúde Animal (Sindan) pertencem Merck & Co. ou Merck Sharp & Dohme, empresa farmacêutica, química e de ciências biológicas global presente em 67 países. As outras duas plantas são da Ceva Brasil, que dispõe de quatro centros internacionais principais, com 19 centros regionais de produção pelo mundo, e a Ouro Fino, que exporta produtos para vários países.
A Comissão do Senado, inclusive, deverá discutir a questão da transferência de tecnologia na produção de vacinas para a Covid-19 em reunião no próximo dia 12. Fagundes já pediu antecipação da reunião ao presidente da CT, senador Confúcio Moura (MDB-RO).
Foram chamados ao Senado representantes dos ministérios da Ciência e Tecnologia, e das Relações Exteriores; e dos institutos Buntantã e Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz), além de Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Da assessoria