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WELLINGTON COBRA AMPLIAÇÃO DE AJUDA MÉDICA E ALIMENTAR A INDÍGENAS

Confirmação do primeiro caso de Covid-19 em indígena, ligou alerta em todo país

O dia primeiro de abril foi um marco para os povos indígenas de todo o país. Com o aparecimento do primeiro caso de Coronavírus na etnia Kokama, em uma agente de saúde que mora em uma aldeia do Amazonas, ligou-se o sinal amarelo para um grupo tão vulnerável, por diversos aspectos socioculturais. 

Preocupado com os mais de 60 mil nativos, e com a posterior reclusão dos habitantes que temem a contaminação, o senador Wellington Fagundes (PL-MT) cobrou uma atuação célere do Poder Executivo também no suprimento de necessidades básica, como a alimentação (com o envio de cestas básicas) e a disponibilização de testes rápidos para detectar o COVID-19 , além de medicamentos. 

“Apesar do plano de contingência nacional com diretrizes para prevenir contágio nos povos indígenas, apresentado em março pelo Ministério da Saúde, acredito que o risco a esses povos é iminente, principalmente em meu Estado, que compreende 16 dessas etnias”, advertiu o senador. Ele sugeriu a aprovação, no Congresso, do projeto de lei 1142/2020, da deputada Rosa Neide (PT-MT), que determina medidas urgentíssimas de apoio aos povos indígenas em razão do novo coronavírus. A proposição garante auxílio emergencial aos povos, propondo a distribuição direta, às famílias indígenas, de alimentos na forma de cestas básicas, remédios, itens de proteção, como luvas, máscaras, álcool gel e material de higiene.

Wellington afirmou já ter tratado do assunto com o presidente da Funai (Fundação Nacional do Índio), Marcelo Xavier, que discorreu sobre a previsão de entrega de 10 mil cestas básicas. “No entanto, é necessário um esforço maior do Ministério para ampliar esse volume de doações e o encaminhamento de testes rápidos e de paliativos, visto que os indígenas são vulneráveis ao contágio de doenças respiratórias, e podem conduzir a pandemia para dentro de suas aldeias. “É o exemplo de inúmeras famílias da etnia Bororo, que adentraram suas reservas e não têm permitido a entrada de outras pessoas”, completou Fagundes.

Durante audioconferência, da qual participaram o prefeito de Barra do Garças, Roberto Farias; o vice-prefeito do município, Welinton Marcos; o vice-prefeito de Nova Xavantina, Ney Weliton; e o presidente da Associação Mato-grossense dos Municípios, Neurilan Fraga, Wellington cobrou também uma logística que possa ser eficiente no momento da distribuição de tais materiais alimentícios e de saúde. “No Senado, estamos dispostos a ajudar da maneira que nos couber”, garantiu.

Neurilan Fraga sugeriu que a Funai repassasse os recursos às prefeituras, de acordo com o índice populacional indígena. Esse assunto, inclusive, segundo ele, também foi discutido com a deputada Professora Rosa Neide (PT-MT), que vem atuando em uma frente no Congresso Nacional destinada a tratar da questão das comunidades indígenas.

Da Assessoria

Foto: Alex Pazuello/Semcom