O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação estuda a possibilidade de implantação definitiva do Instituto Nacional de Pesquisa do Pantanal, que vai atuar na pesquisa científica e desenvolvimento de novas tecnologias para o bioma. Criado em 2014, o INPP ocupa hoje um prédio dentro da Universidade Federal de Mato Grosso como campus de extensão do Museu Paraense Emílio Goeldi.
O assunto foi tratado numa reunião entre o senador Wellington Fagundes (PL-MT) e o ministro Marcos Pontes, que considera a situação como “não ideal”. Segundo ele, outros biomas brasileiros contam com institutos que atuam na pesquisa e o ideal é que o pantanal também conte com um instituto com o mesmo objetivo. Além disso, o MCTI está criando uma Rede Pantanal de Pesquisa, que vai congregar cientistas na discussão dos rumos a serem tomados pelo ministério nesse bioma.
União de forças
Na reunião, proposta pelo senador Wellington, ele lembrou da importância de congregar forças para ajudar o pantanal, que viveu no ano passado a tragédia provocada pelos incêndios, quando 4 milhões de hectares foram consumidos pelas chamas.
Neste ano, o senador aponta como principal problema a seca extrema, que já ameaça não só os animais, mas cidades inteiras, como é o caso de Poconé, Nossa Senhora do Livramento e Cáceres.
Para a implantação definitiva do INPP, é preciso a criação de cargos e a definição de um orçamento – assunto que será levado ao Ministério da Economia e Casa Civil em documento a ser assinado pelo MCTI, Ministério da Agricultura, Ministério do Desenvolvimento Regional, Ministério da Educação, Universidade Federal de Mato Grosso e o Museu Paraense Emílio Goeldi.
“O pantanal precisa dessa união de forças”
— disse Wellington ao relatar a situação registrada no ano passado.