A Comissão Temporária Externa do Senado – criada para acompanhamento das ações de enfrentamento aos incêndios detectados no Pantanal – se reúne nesta quarta-feira, 04, para discutir a criação de programas e projetos de desenvolvimento sustentável para o bioma. A reunião remota, a partir das 10 horas – horário de Brasília -, terá como convidado o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho.
A criação de um modelo de desenvolvimento sustentável que agregue valor ao produto pantaneiro e proteja a biodiversidade da região tem sido uma das principais linhas de atuação da CTE Pantanal. Segundo o senador Wellington Fagundes (PL-MT), somente com uma atuação coordenada será possível evitar que os incêndios florestais se repitam no ano que vem.
“Não podemos abandonar o Pantanal. É preciso ter cuidado e, para isso, necessário se faz olhar para o bioma de forma sustentável, através de suas populações” – frisou.
Para o presidente da CTE Pantanal, a prática de ações bem coordenadas poderá ampliar a renda do homem pantaneiro, incentivar o desenvolvimento econômico, contribuir para o turismo e para a preservação do meio ambiente local. Ele também acredita que o debate deve abranger a recuperação de bacias hidrográficas como forma de proporcionar segurança hídrica à região.
Marinho será o terceiro ministro a participar das audiências da CTE Pantanal. O primeiro foi Ricardo Salles, de Meio Ambiente. Entre outras medidas, ele defendeu o uso de fogo preventivo para controlar queimadas. Depois, foi a vez da ministra da Agricultura, Tereza Cristina, que sustentou a necessidade de mais bovinos para proteger o bioma do fogo. Ela disse que, se o rebanho bovino fosse maior, a dimensão de incêndios no Pantanal poderia teria sido menor.
Boi Bombeiro
A ministra da Agricultura, aliás, deverá apresentar explicações sobre a atividade pecuária no Pantanal, além de dados sobre a evolução do rebanho bovino em municípios da região. Requerimento com esse objetivo foi aprovado na sexta-feira passada, na última reunião da CTE Pantanal. O autor do requerimento, Wellington Fagundes; pede que os dados liberados compreendam o período de 1991 até 2020.
Os dados solicitados, segundo o senador, ajudarão a traçar providências para evitar novos focos de incêndios. Também vai permitir medidas de limpeza dos locais já atingidos e fornecer proteção às populações diretamente afetadas. Ao mesmo tempo, desenvolver a economia, defender a fauna e a flora e assegurar transparência nas atividades coordenadas pela Operação Pantanal.